Dia desses me peguei pensando sobre o amor. Entre falsas idéias e discussões monologas, passei uma belíssima tarde rosa – alaranjada tentando decifrar todo aquele fervor dos romances – hollywoodianos – mamão – com – açúcar, que acometem todo e qualquer coração pulsante ao menos uma vez na vida, por mais miserável que esta seja.
Pensei em você... E eu, em nossos corações e acima de tudo, pensei na certeza que tenho ao dizer: “Eu te amo” – De onde vem tanta convicção? - E coloquei-me a questionar, outra vez e novamente: Como saber que és exatamente a parte que se encaixa em minha fragmentada alma? Como saber que este sim, finalmente, é o mais puro indício do tal amor que todos nós, supostamente, devemos sentir? Como saber, se dúvidas é tudo o que tenho?
Deito-me e ouço João cochichando-me ao pé do ouvido “Ao encontrar você, eu conheci o que é felicidade, meu amor”. Eis, a grandiosa epifania da tarde rosa/laranja: Senti meu mundo girar mais depressa, senti meu corpo mais quente que a velha chama e o sorriso, o sorriso que é só teu... Foi inevitável!
Entre devaneios pude entender que meu viver é sentir, pois ao fazê-lo, misteriosamente, compreendo de tal forma, tão peculiar e excitante, o infinito diante de mim. E quando te sinto, teu corpo junto ao meu, tua alma junto a minha; e nossos amores juntos, dentro de nós, eu sei e apenas sei, que nesse espaço e tempo, nesse “aqui e agora”, de nada mais preciso! Nem de mais ninguém, nem ao menos da luz do sol, pois já a tenho descansando no teu olhar...
E então, do que é feito o meu sentir? Sei que são apenas sorrisos, e olhares, e mãos dadas e sussurros. E são mais do que certezas e infinitas provas de que meu amor é todo teu, pois em nosso instante, eu mais uma vez sei e só, que tu és irrecuperavelmente meu.
Rispidamente, porém sem hesitar, tudo o que sinto, transforma-se no tal do amor, de que tanto ouvimos falar.
“Vinícius mandou dizer que existiria a verdade, verdade que ninguém vê. Se todos no mundo fossem iguais a você.”
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